A redução da vegetação pelo fogo pode favorecer deslocamento de espécies animais de suas áreas naturais às urbanas, incluindo “campos de pouso”

A redução da vegetação pelo fogo pode favorecer deslocamento de espécies animais de suas áreas naturais às urbanas, incluindo “campos de pouso”

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Não é recente a ocorrência de divulgação de informações em mídias que têm relação com “queimadas”. Conceitualmente, quando se tem um material e este não estava destinado ao fogo, temos um incêndio.

O incêndio, ocorre de maneira descontrolada pelo homem e consome o material de forma plena ou parcial. Esses eventos resultam em perda de recursos materiais, causam danos ambientais, danos patrimoniais e fragmentação ou perda de habitat de determinadas espécies.

Nesse sentido, estudos apontam efeitos de incêndios com consequência de perda de biodiversidade na floresta Amazônica considerada a maior do mundo. No entanto, ao que tudo indica, há mais estudiosos que focam seus esforços na vegetação, como no caso atual que tem foco na Região Norte do Brasil.

Existe um termo muito adequado ao tema aqui proposto: capacidade suporte. Tal condição pode ser quebrada quando o ambiente é afetado por fragmentação de habitat, tendo como resultado uma disposição a ser afetado em sua riqueza e abundância de espécies.

Levando em consideração que as populações geralmente estão limitadas aos habitats que de fato estejam ecologicamente adequados, pode-se observar perda de biodiversidade causada por incêndios, e que somados ou não aos efeitos do fogo “natural”, resultam em danos e prejuízos, seja para aqueles indivíduos das espécies afetadas, seja aos indivíduos que serão afetados por uma possível migração de espécies para outras regiões mais adequadas.

A título de exemplo, em áreas afetadas pelo fogo no Cerrado, determinadas espécies são “favorecidas” por conta da morte de outras, ou mesmo de seu deslocamento forçado. O Carcará é uma das espécies que contemplam esse fato. Essa espécie também aparece nos aeroportos acompanhando o serviço de corte de vegetação/grama, o qual disponibiliza uma certa facilidade de alimento. Nesse sentido, espécies podem ter determinadas ações de busca por alimentos replicadas em ambientes aeroportuários.

Todavia, o destaque no contexto de aviação é a verificação do número de espécies impactadas pelo fogo, pois pode gerar uma mudança no comportamento e no habitat dos animais. Assim sendo, pode-se considerar que seja provável uma modificação importante nas populações animais e seus novos “endereços”.

Ao pensar em soluções, seria necessário compreender o problema, de modo que interessante determinar e explicar as causas do fogo, seu local de origem e seus fatores de ignição, os quais podem ser conseguidos por meio de perícias.

Ademais, mister entender que entre as consequências do fogo nesse contexto de incêndio está o aumento do nível de alerta nos aeroportos, uma vez que algumas espécies podem se aproveitar de ambientes que estejam ligados às atividades aéreas.

Ao que se vê, deve existir a necessidade de implementar monitoramento das espécies que são consideradas classicamente como problemas para a aviação, pois o deslocamento em decorrência da redução de habitat pode resultar no incremento no número de indivíduos presentes nos aeroportos e seus arredores.

Cabe aos profissionais que trabalham com risco de fauna em aeroportos, ficarem atentos aos eventos decorrentes desse deslocamento de espécies, efetivando uma análise de risco no intuito de verificar quais medidas mitigadoras devem ser tomadas, a fim de definir um nível adequado de segurança nas operações aéreas em aeroportos que possam ser afetados em decorrência desse momento crítico para os espécimes envolvidos, objetivando implementar técnicas adequadas no ambiente ao qual está inserido.

A união de esforços, bem como a troca de informações e conhecimentos, podem alinhar uma correta solução em favor de reduzir o risco de ocorrências indesejáveis para os aeroportos e cercanias, favorecendo o entendimento do problema e encontrando possíveis ações positivas.

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